LAMELADO CPB


RELATÓRIOS E FICHAS TÉCNICAS

Ficha Técnica Bernardino e Mendes

Ficha Técnica Bernardino e Mendes

CL Resistência

CL Resistência

Rel. Univ. de Aveiro

Rel. Univ. de Aveiro

LNEG

LNEG

Rel. Univ. de Coimbra

Rel. Univ. de Coimbra


LAMELADO COLADO EM PINHO BRAVO NACIONAL

Estruturas em Lamelado Colado

O material chamado Madeira Lamelada colada consiste em réguas de madeira seca e classificada, que são coladas entre si, quer em comprimento, quer pelas suas faces, de modo a obter um material contínuo, como qualquer dimensão que se pretenda, com uma estabilidade de forma e dimensional garantidas e sem fendas. Este tipo de material permite a obtenção de pecas de maiores dimensões e melhores características do que as pecas de madeira maciça de igual secção. Entre as principais vantagens das vigas Trio salientam-se a boa estabilidade de forma, reduzido risco de abertura de fendas, características muito uniformes que aproxima este produto aos produtos industriais fabricados. É um produto apto para usos estruturais. A sua aplicação em diferentes condições ambientais depende do tipo de cola, da espécie de madeira e /ou da aplicação de produtos preservados. As evoluções técnicas e a nova regulamentação permitem utilizar a madeira com inteira segurança Segundo os padrões de exigência actuais. Estruturas criadas com a utilização da Madeira Lamelada Colada podem ser vistas no Pavilhão Atlântico em Lisboa e em S. Bento da Porta Aberta no Gerês, ect., onde as vigas de madeira cobrem um vão livre de 110m, na largura máxima. No norte da Europa os lamelados colados são usados em grande escala em pavilhões industriais, agrícolas, complexos desportivos, igrejas, pontes, obras de arte, entre outros.

Características


-AUSÊNCIA DE EMPENOS, POSSIBILIDADE DE LIGAÇÕES
A Madeira Lamelada Colada por ser constituída pela junção de elementos de madeira de diferentes comportamentos, contrariam entre si as tendências para empenos e o conjunto apresenta-se extremamente estável nas suas dimensões e na sua forma.

- EN – 338 – Structural timber – Strength classes
Esta norma estabelece os valores característicos para as diferentes classes de resistência, de rigidez e de densidade, para a madeira maciça com fins estruturais. Estão definidas classes desde C14 a C50 para Resinosas e classes desde D30 a D70 para Folhosas. O valor numérico corresponde ao valor característico da resistência a flexão em Mega Pascal. As lamelas de pinho bravo utilizadas no fabrico do lamelado B&M forma sujeitas a uma classificação visual segundo os critérios de qualidade definidos na norma NP 4305, correspondendo a exigência da classe EE para as lamelas das camadas exteriores e as exigências da classe E para as camadas interiores. Esta classificação permite, segundo a norma Europeia EN atribuir os valores característicos da classe C24 e C28 respectivamente.

- SEGURANÇA
As estruturas em Madeira Lamelada Colada são muito seguras, quando se encontrem cumpridas todas as normas de cálculo, fabrico, transporte e utilização

- RESISTÊNCIA AO FOGO
As vigas de grande espessura são mais seguras aos incêndios do que as estruturas de aço e mesmo as de betão armado. Os ensaios realizados em laboratórios credenciados dizem-nos que o fogo apenas consome 1cm em cada 15 minutos já que uma viga, uma vez sujeita á acção do fogo, forma uma camada carbonizada à superfície, que isola a madeira interior do oxigénio, dificultando assim a sua progressão. Uma viga de 40 cm de espessura mantém a sua capacidade resistente mais de uma hora num incêndio de grandes dimensões.

- VALOR ESTÉTICO E CONFORTO
Construções com grande leveza, estruturas de cobertura de grande vão, desenhos muito variáveis com conciliação dos elementos estéticos com elementos funcionais..

CRITÉRIO DE PRODUÇÃO

As lamelas de madeira aplicadas nas camadas externas do lamelado-colado B&M, são seleccionadas seguindo as exigências de classificação EE, pela norma portuguesa NP 4305:1995 Madeira de pinheiro bravo para estruturas, tendo em conta os critérios descritos nos pontos seguintes:
- Nós agrupados projectos nos topos (nós agrupados são aqueles que a direcção do fio não recupera entre eles) – Não mais do que 1/5 da área total, quer na zona marginal, quer na zona central.
- Inclinação do fio – Menor do que 10 cm de cada metro, ou seja ângulo menor do que 5,7o.
- Taxa de crescimento anual média (espessura do crescimento de um ano) – Menor do que 6 mm.
- Fendas superficiais. Comprimento na direcção paralela as fibras <300 mm – Admitidas.
- Outras fendas superficiais – Comprimento menor do que do comprimento total do elemento e menor do que 600 mm.
- Fendas repassadas (fenda que atinge duas faces opostas de uma mesma peça) – Permitidas só nos topos, mas não mais do que uma fenda com o comprimento máximo, por cada metro. – Comprimento <600 m e – Comprimento < largura da peça.
- Descaio – Não permitido.
- Empeno em arco de face – Admitido se a peça encostar sem esforço ao conjunto a colar.
- Empeno em arco de canto – Admitido se a peça encostar sem esforço ao conjunto a colar.
- Empeno em hélice – Admitido se menor do que 1,5 mm por cada 2,5 mm de largura e 2 metros de comprimento.
- Empeno em meia cana – Admitido se menor do que 1 mm por cada 2,5 mm de largura e 2 metros de comprimento.
- Bolsas de resina repassadas e casca inclusa – Admitidas se forem mais curtas do que a largura da peça.
- Bolsas de resina não repassadas e casca inclusa – Admitidas se forem de comprimento inferior a metade da largura da peça.
- Medula – Não admitida.
- Podridões ou vestígios de ataque de insectos – Não admitidas.
- Manchas de fungos de azulamento – Admitidas se pouco intensas (menos de metade da área exposta), mas sempre que possível evitável por razões estéticas.

Normalização Aplicável


- En 301 – Adhesives, phenolic and aminoplastic, for load bearing timber structures: Classification and performance requirements.
Caracteriza o tipo de cola para madeira com fins estruturais de acordo com diferentes condições ambientais, Tipo I e Tipo II. A norma define uma serie de ensaios com diferentes condições ambientais e limites mínimos de resistência. As colas Tipo I suportam humidades relativas superiores a 85%, e estão indicadas para exposição prolongada em ambiente exterior. As colas Tipo II podem ser utilizadas em ambiente exterior apenas pontualmente ou em ambiente abrigado, dado que resistem a humidade relativa inferior ou igual a 85%. A cola utilizada no fabrico dos lamelados B&M e a cola melamina-formaldeido que se enquadra na classificação de cola do Tipo I.

- EN – 338 – Structural timber – Strength classes
Esta norma estabelece os valores característicos para as diferentes classes de resistência, de rigidez e de densidade, para a madeira maciça com fins estruturais. Estão definidas classes desde C14 a C50 para Resinosas e classes desde D30 a D70 para Folhosas. O valor numérico corresponde ao valor característico da resistência a flexão em Mega Pascal. As lamelas de pinho bravo utilizadas no fabrico do lamelado B&M forma sujeitas a uma classificação visual segundo os critérios de qualidade definidos na norma NP 4305, correspondendo a exigência da classe EE para as lamelas das camadas exteriores e as exigências da classe E para as camadas interiores. Esta classificação permite, segundo a norma Europeia EN atribuir os valores característicos da classe C24 e C28 respectivamente.

- EN 386:1995 – Glued laminated timber – Performance requirements and minimum production requirements
Esta norma define os procedimentos de fabrico com o objectivo de obtenção de produtos de qualidade, nomeadamente mantendo a boa integridade das ligações coladas durante todo o tempo de vida do componente. Definem-se três graus de exigência de utilização, que são: classe de serviço 1, a classe de serviço 2 e a classe de serviço 3, sendo a primeira para condições ambientais menos exigentes (ambiente mais seco), e a classe de serviço 3 para ambiente húmido. O método de fabrico do lamelado B&M enquadra-se num produto a ser utilizado na classe de serviço 2.

- EN 391:1995 - Glued laminated timber – Delamination test of glue lines
Esta norma tem por finalidade fazer uma caracterização da eficácia da cola face a ambientes de elevada humidade ou mesmo contacto com água. As colas designam-se desde D1 a D4, sendo D1 a menos resistente a humidade e a D4 a mais resistente a ambientes de elevada humidade. O ensaio simula condições extremas, após o que é feita uma verificação dos descolamentos e aberturas de fendas pelas linhas de colagem. Os resultados dos ensaios realizados em laboratório oficial para os lamelados B&M permitem garantir que no ensaio de delaminação a percentagem de fendas nas linhas de colagem é inferior a 40%.

- EN 1912:1998 – Structural timber – Strength classes – Assignment of visual grades and species
Esta norma apresenta a listagem das classes de resistência mecânica atribuídas pela norma EN 338, tendo em conta a origem das madeiras e as normas nacionais de classificação visual ou classificação mecânica. No que diz respeito ao pinho bravo, esta norma define que se a madeira tiver origem nacional e a classificação for feita segundo os critérios da NP 4305 cumprindo as exigências da classificação E (estruturas) teria atribuída a classe de resistência C18. Se a origem for França e a classificação for ST-II pela norma NF B 52-001:1996, o pinho bravo teria a classe de resistência C24. Tal como referido anteriormente, tendo em conta a classificação utilizada em fábrica, seria possível atribuir as lamelas utilizadas na fabricação da madeira lamelada-colada B&M a classe EE da norma portuguesa, a que corresponde a classe de resistência C35.

- EN 1194:1999 – Timber structures – Glued laminated timber – Strength classes and determination of characteristic values
Esta norma estabelece os valores característicos para as diferentes classes de resistência, de rigidez e de densidade, para a madeira lamelada colada homogénea com pelo menos 4 camadas. Estão definidas classes desde GL 24h a GL 36h para Resinosas, relativo a material em que todas as lamelas pertencem a mesma classe de resistência de madeira maciça. Também estão definidas classes desde GL 24c a GL 36c, referindo-se a madeira lamelada colada combinada, ou seja, em que as camadas exteriores têm classe de resistência superior as das camadas centrais. Por exemplo o GL28h tem de ter todas as lamelas de classe C28, enquanto o GL28c pode ter camadas superficiais com classe C28 e camadas interiores com classe C24. Tendo em conta a classificação das lamelas utilizadas no fabrico dos lamelados B&M, a classe de resistência a utilizar nos cálculos estruturais é a GL28h.


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